VIVER BEM
A morte não aparece no vocabulário da maioria das pessoas. Elas não percebem a importância do tema. Montaigne:
“O remédio do homem vulgar consiste em não pensar na morte. (...) Isso é uma demonstração de cegueira e estupidez.” (Montaigne, Apud, Nogueira. Felicidade. Época, 22-01-2007, p. 72)
A morte faz parte da vida. “Não é possível acreditar na vida sem pensar na morte” (Jacques Derrida, Le Monde de L'éducation, Juillet-Août 2001, p. 111) No original em francês: “La affirmation de la vie ne va pas sans la pensée de la mort.”
O ser humano se relacionaria consigo mesmo, com os outros e com a natureza. Freud destacaria que o “relacionar-se consigo mesmo” estaria associado ao Id, ao Ego e ao Supergo, ou seja, havia importantes contradições dentro do próprio ser humano. Portanto, o conflito entre o desejo e a proibição, dentro do homem, atrapalharia a realização da sua vontade, do seu instinto.
No contexto social, o homem enfrentaria ainda outro conflito entre o egoísmo (o que ele quer) e o altruísmo (o respeito ao desejo do outro). Em outras palavras, aqui vale a velha premissa marxista: o homem seria o sujeito da história, mas seria necessário levar em consideração o passado (e as condições objetivas).
Todas as afirmações demonstram as limitações do ser humano:
“O [seu] caminho está inscrito na sua insegurança, na sua vulnerabilidade, na sua mortalidade.” (Jacques Derrida, Le Monde de L'éducation, Juillet-Août 2001, p. 111) No original em francês: “La trace inscrit en elle-même sa propre précarité, sa vulnérabilité de cendre, sa mortalité.”
Em suma, a morte em si lembraria, na hora, que o homem não seria o centro de tudo e que a sua condição seria bastante limitada.
Existe o medo da morte (do desconhecido). Entretanto, talvez evitar lidar com a sua vulnerabilidade seja, de fato, o principal motivo que faz com que o ser humano não problematize, no seu cotidiano, sobre a certeza do seu próprio fim. Ele perde com isto:
“Não há como escapar. E no entanto nos atormentamos o tempo todo por algo que com certeza, um dia, se realizará. Esse tormento contínuo nos impede de viver bem.” (Nogueira. Felicidade. Época, 22-01-2007, p. 72)
Essa é a questão central: a alienação do homem sobre si mesmo - seja por não querer admitir as suas fraquezas e limitações ou porque simplesmente tem medo do que virá com a morte.
A morte não aparece no vocabulário da maioria das pessoas. Elas não percebem a importância do tema. Montaigne:
“O remédio do homem vulgar consiste em não pensar na morte. (...) Isso é uma demonstração de cegueira e estupidez.” (Montaigne, Apud, Nogueira. Felicidade. Época, 22-01-2007, p. 72)
A morte faz parte da vida. “Não é possível acreditar na vida sem pensar na morte” (Jacques Derrida, Le Monde de L'éducation, Juillet-Août 2001, p. 111) No original em francês: “La affirmation de la vie ne va pas sans la pensée de la mort.”
O ser humano se relacionaria consigo mesmo, com os outros e com a natureza. Freud destacaria que o “relacionar-se consigo mesmo” estaria associado ao Id, ao Ego e ao Supergo, ou seja, havia importantes contradições dentro do próprio ser humano. Portanto, o conflito entre o desejo e a proibição, dentro do homem, atrapalharia a realização da sua vontade, do seu instinto.
No contexto social, o homem enfrentaria ainda outro conflito entre o egoísmo (o que ele quer) e o altruísmo (o respeito ao desejo do outro). Em outras palavras, aqui vale a velha premissa marxista: o homem seria o sujeito da história, mas seria necessário levar em consideração o passado (e as condições objetivas).
Todas as afirmações demonstram as limitações do ser humano:
“O [seu] caminho está inscrito na sua insegurança, na sua vulnerabilidade, na sua mortalidade.” (Jacques Derrida, Le Monde de L'éducation, Juillet-Août 2001, p. 111) No original em francês: “La trace inscrit en elle-même sa propre précarité, sa vulnérabilité de cendre, sa mortalité.”
Em suma, a morte em si lembraria, na hora, que o homem não seria o centro de tudo e que a sua condição seria bastante limitada.
Existe o medo da morte (do desconhecido). Entretanto, talvez evitar lidar com a sua vulnerabilidade seja, de fato, o principal motivo que faz com que o ser humano não problematize, no seu cotidiano, sobre a certeza do seu próprio fim. Ele perde com isto:
“Não há como escapar. E no entanto nos atormentamos o tempo todo por algo que com certeza, um dia, se realizará. Esse tormento contínuo nos impede de viver bem.” (Nogueira. Felicidade. Época, 22-01-2007, p. 72)
Essa é a questão central: a alienação do homem sobre si mesmo - seja por não querer admitir as suas fraquezas e limitações ou porque simplesmente tem medo do que virá com a morte.