ANTIDEPRESSIVO E SEXUALIDADE
Já escrevi sobre a relação entre a libido e o antidepressivo. Isso ocorreu-me após a minha médica perguntar se o Zoloft não dificultava o meu orgasmo porque essa era uma reclamação comum entre os pacientes.
Eu respondi que não sentia diferença porque sempre me preocupei com o orgasmo feminino e, assim, deixava o meu próprio orgasmo para um segundo plano. Em outras palavras, eu controlava (impedia, na verdade) o meu orgasmo para a relação ficar mais longa e a garota ter mais orgasmos.
Sempre fiz isso. Portanto, quando fui perguntado se o Zoloft atrasaria a ejaculação, claro, para mim, tal questionamento não tinha sentido na medida em que eu sempre procurei ter tal prática. Ou seja, não era algo que me incomodava (como com os outros pacientes), ao contrário, nem percebia a diferença porque esse era o meu objetivo durante a relação sexual.
Depois fui ler mais sobre o tema e constatei que a minha médica tinha razão na premissa de que o antidepressivo inibiria o orgasmo.
Uma outra experiência interessante seria ocorrer o oposto: a pessoa que sempre tomava antidepressivos e resolveria – por qualquer motivo – parar com o remédio. Isso afetaria a libido – especificamente no que diria respeito ao orgasmo? Pela lógica, claro que sim. Na prática, no meu caso, constatei isso também.
Cortar o tratamento pode causar efeitos colaterais desagradáveis. Entretanto, do ponto de vista da sexualidade, parece que ocorre algo como um “novo despertar” da libido e os orgasmos acontecem de uma maneira mais natural e mais rápida (se for comparado com o período anterior).
Nada mal. O preço, contudo, pode ser voltar a lidar com a angústia, a depressão e talvez até outros efeitos colaterais. Para alguns, todo o sacrifício seria válido em nome do prazer sexual. Afinal, trata-se de um instinto básico e fundamental na vida de qualquer ser humano.
Pessoalmente, sempre fui daqueles que problematizavam o exagero dado por Freud ao tema da sexualidade. Assim, nunca tive como algum fundamental na minha vida a necessidade de conseguir mais orgasmos e cada vez mais rápidos.
Não é ruim. No entanto, não é também o centro da vida cotidiana de uma pessoa civilizada.
© profelipe ™ 28-08-2014
Já escrevi sobre a relação entre a libido e o antidepressivo. Isso ocorreu-me após a minha médica perguntar se o Zoloft não dificultava o meu orgasmo porque essa era uma reclamação comum entre os pacientes.
Eu respondi que não sentia diferença porque sempre me preocupei com o orgasmo feminino e, assim, deixava o meu próprio orgasmo para um segundo plano. Em outras palavras, eu controlava (impedia, na verdade) o meu orgasmo para a relação ficar mais longa e a garota ter mais orgasmos.
Sempre fiz isso. Portanto, quando fui perguntado se o Zoloft atrasaria a ejaculação, claro, para mim, tal questionamento não tinha sentido na medida em que eu sempre procurei ter tal prática. Ou seja, não era algo que me incomodava (como com os outros pacientes), ao contrário, nem percebia a diferença porque esse era o meu objetivo durante a relação sexual.
Depois fui ler mais sobre o tema e constatei que a minha médica tinha razão na premissa de que o antidepressivo inibiria o orgasmo.
Uma outra experiência interessante seria ocorrer o oposto: a pessoa que sempre tomava antidepressivos e resolveria – por qualquer motivo – parar com o remédio. Isso afetaria a libido – especificamente no que diria respeito ao orgasmo? Pela lógica, claro que sim. Na prática, no meu caso, constatei isso também.
Cortar o tratamento pode causar efeitos colaterais desagradáveis. Entretanto, do ponto de vista da sexualidade, parece que ocorre algo como um “novo despertar” da libido e os orgasmos acontecem de uma maneira mais natural e mais rápida (se for comparado com o período anterior).
Nada mal. O preço, contudo, pode ser voltar a lidar com a angústia, a depressão e talvez até outros efeitos colaterais. Para alguns, todo o sacrifício seria válido em nome do prazer sexual. Afinal, trata-se de um instinto básico e fundamental na vida de qualquer ser humano.
Pessoalmente, sempre fui daqueles que problematizavam o exagero dado por Freud ao tema da sexualidade. Assim, nunca tive como algum fundamental na minha vida a necessidade de conseguir mais orgasmos e cada vez mais rápidos.
Não é ruim. No entanto, não é também o centro da vida cotidiana de uma pessoa civilizada.
© profelipe ™ 28-08-2014