HOMOFOBIA
Os atos de homofobia, nos últimos anos, apareceram com destaque na imprensa brasileira.
O tema, recentemente, voltou a causar polêmica:
“Em entrevista ao canal CNN, Bernie Ecclestone, diretor chefe da Fórmula 1, disse concordar com o presidente russo Vladimir Putin sobre as restrições aos direitos dos gays.” (Extra, 21-02-2014)
Quanto ao presidente russo, o seu país é conhecido também por atos de preconceito contra negros e estrangeiros. Na ex-União Soviética, comunista, a homossexualidade era considerada crime. Defendendo a sua postura, Putin afirmou:
“(...) a Rússia registrou orgulhosamente no ano passado mais nascimentos do que mortes pela primeira vez em duas décadas. O crescimento da população é fundamental para o desenvolvimento (...) temos de eliminar qualquer coisa que atrapalhe.” (O Globo, 19-01-2014)
Na Gâmbia, Yahya Jammeh, o presidente, chamou os homossexuais de “animais” e disse que:
“A homossexualidade ‘não será tolerada e será punida com pena máxima, já que está destinada a levar a humanidade a uma extinção sem glória. (...) Para mim, os gays e as lésbicas só podem transmitir a lepra, a gonorréia, a tuberculose e outras bactérias igualmente prejudiciais para a existência humana.’" (G1 Globo, 19-02-2014)
Esses discursos, claro, são exemplos de intolerância em pleno século XXI. A situação, porém, é mais grave.
A homossexualidade é punida com pena de morte em vários países, como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Afeganistão, Mauritânia, Nigéria, Uganda e Somália.
Os países com leis contra os homossexuais, de um ponto de vista geral, estão concentrados no norte da África e no Oriente Médio.
Além de tudo isto, aqui no Brasil ainda tem gente que imagina que se existe alguma agressão, a culpa seria do próprio homossexual que teria “dado bandeira”. Foram, inclusive, apresentadas “estratégias de segurança (...) para evitar agressões.” Uma lista desta apareceria em um jornal de direita, certo? Errado. Isso foi publicado na Folha de São Paulo, um jornal que é mostrado como um exemplo de democracia, em sua edição de 9 de fevereiro de 2014.*
Em suma, seja em um país conservador ou em um lugar considerado democrático e moderno, ser homossexual tornou-se um risco... A opção sexual da pessoa pode ser o motivo de sua morte.
(*)Giuliana Vallone. Medo de Agressão faz gays andarem em grupo em SP. Folha de São Paulo, 09-02-2014. http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/02/1409547-medo-de-agressao-faz-gays-andarem-em-grupo-em-sp.shtml
Os atos de homofobia, nos últimos anos, apareceram com destaque na imprensa brasileira.
O tema, recentemente, voltou a causar polêmica:
“Em entrevista ao canal CNN, Bernie Ecclestone, diretor chefe da Fórmula 1, disse concordar com o presidente russo Vladimir Putin sobre as restrições aos direitos dos gays.” (Extra, 21-02-2014)
Quanto ao presidente russo, o seu país é conhecido também por atos de preconceito contra negros e estrangeiros. Na ex-União Soviética, comunista, a homossexualidade era considerada crime. Defendendo a sua postura, Putin afirmou:
“(...) a Rússia registrou orgulhosamente no ano passado mais nascimentos do que mortes pela primeira vez em duas décadas. O crescimento da população é fundamental para o desenvolvimento (...) temos de eliminar qualquer coisa que atrapalhe.” (O Globo, 19-01-2014)
Na Gâmbia, Yahya Jammeh, o presidente, chamou os homossexuais de “animais” e disse que:
“A homossexualidade ‘não será tolerada e será punida com pena máxima, já que está destinada a levar a humanidade a uma extinção sem glória. (...) Para mim, os gays e as lésbicas só podem transmitir a lepra, a gonorréia, a tuberculose e outras bactérias igualmente prejudiciais para a existência humana.’" (G1 Globo, 19-02-2014)
Esses discursos, claro, são exemplos de intolerância em pleno século XXI. A situação, porém, é mais grave.
A homossexualidade é punida com pena de morte em vários países, como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Afeganistão, Mauritânia, Nigéria, Uganda e Somália.
Os países com leis contra os homossexuais, de um ponto de vista geral, estão concentrados no norte da África e no Oriente Médio.
Além de tudo isto, aqui no Brasil ainda tem gente que imagina que se existe alguma agressão, a culpa seria do próprio homossexual que teria “dado bandeira”. Foram, inclusive, apresentadas “estratégias de segurança (...) para evitar agressões.” Uma lista desta apareceria em um jornal de direita, certo? Errado. Isso foi publicado na Folha de São Paulo, um jornal que é mostrado como um exemplo de democracia, em sua edição de 9 de fevereiro de 2014.*
Em suma, seja em um país conservador ou em um lugar considerado democrático e moderno, ser homossexual tornou-se um risco... A opção sexual da pessoa pode ser o motivo de sua morte.
(*)Giuliana Vallone. Medo de Agressão faz gays andarem em grupo em SP. Folha de São Paulo, 09-02-2014. http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/02/1409547-medo-de-agressao-faz-gays-andarem-em-grupo-em-sp.shtml