Garotinha
Não existe necessidade de enfrentar o ridículo dilema de Veríssimo ao afirmar que se relacionar com mulher seria bastante difícil e o homem que não quiser, deveria procurar um gay.
É ridículo porque os problemas que surgem em relacionamentos não são causados só pelas mulheres e não são exclusivos do mundo heterossexual.
Dizer que muitos homens são machistas, insensíveis e autoritários e que tudo isso dificultaria qualquer relação, claro, é uma coisa óbvia. Existem também mulheres chatas e manipuladoras que sabem transformam qualquer namoro num inferno (seja um namoro heterossexual ou do tipo homo afetivo – a intenção aqui não é discutir esse termo).
Num sociedade moderna, foram inventadas as qualidades dos homens e das mulheres. Numa visão bem simplista (e machista), basicamente o homem precisa ter dinheiro e a mulher necessita ser atraente.
Os homens mais velhos, na crise da meia idade, sentem-se atraídos por garotas muito jovens. Síndrome da Lolita, diriam alguns.
O principal motivo da escolha estaria associado ao retorno da juventude (algo impossível de acontecer). É um jogo, uma ilusão que os velhos se apegam para não pensar na morte que se aproxima.
A escolha parece, inicialmente, perfeita:
as garotas muito jovens são lindas, ingênuas (se comparadas com as mulheres de 40 ou 50 anos) e ainda servem como troféus para mostrar para os outros como comprovação de virilidade. É tudo jogo de cena, claro.
Com o tempo, a escolha que parecia ideal, provavelmente, torna-se um problema.
Uma garota muito jovem que se envolve com um homem bem mais velho tem problema com a figura paterna. Existe, para dizer um mínimo, uma carência. Ela deseja, no fundo, algo que não teve na infância: um pai de verdade (na sua concepção). Esse pai deveria realizar todos os seus desejos, inclusive os sexuais.
Harry Stein afirma, no seu artigo, que esse tipo de mulher seria fácil de ser identificada: é aquela que ama bichos de pelúcia, adoro (em excesso) os animais e as plantas (com os quais utiliza “uma linguagem tatibitate”).
“Ela só consegue receber, e nunca dar e repartir. Precisa ser subornada o tempo todo com bombons, vestidos e agrados, para não fazer beicinho. E em 99% dos casos costumam ser passiva na cama.” (p. 124 e 156)
Já tive, na minha própria crise da meia idade, experiências com garotas deste perfil e posso afirmar que a teoria de Harry Stein não seria totalmente infundada. Houve oportunidades, por exemplo, que a passividade na cama era tamanha (eu teria que tomar a iniciativa em tudo) e as reclamações eram tantas que, num momento, eu parava tudo, deitava do lado da garota e avisava “OK, você vem por cima e faz o que quer, como quer, etc. etc. ou simplesmente vamos dormir.”
O que parecia um sonho de todo homem – uma mulher jovem e atraente) – transforma-se num pesadelo. Esse é o ponto. Muitos diriam que toda relação possui pontos positivos e negativos. Mas aqui seria diferente na medida em que o homem mais velho “procurou se dar bem” com uma garota muito jovem a partir de vários motivos equivocados. Neste sentido, as consequências não poderiam ser outras. Aliás, esse senhor de meia idade pode se considerar satisfeito se o resultado da relação ficar só na irritação com os charminhos da garota. Existem casos em que as consequências são bem mais graves tanto para ele como para ela.
© profelipe ™
Não existe necessidade de enfrentar o ridículo dilema de Veríssimo ao afirmar que se relacionar com mulher seria bastante difícil e o homem que não quiser, deveria procurar um gay.
É ridículo porque os problemas que surgem em relacionamentos não são causados só pelas mulheres e não são exclusivos do mundo heterossexual.
Dizer que muitos homens são machistas, insensíveis e autoritários e que tudo isso dificultaria qualquer relação, claro, é uma coisa óbvia. Existem também mulheres chatas e manipuladoras que sabem transformam qualquer namoro num inferno (seja um namoro heterossexual ou do tipo homo afetivo – a intenção aqui não é discutir esse termo).
Num sociedade moderna, foram inventadas as qualidades dos homens e das mulheres. Numa visão bem simplista (e machista), basicamente o homem precisa ter dinheiro e a mulher necessita ser atraente.
Os homens mais velhos, na crise da meia idade, sentem-se atraídos por garotas muito jovens. Síndrome da Lolita, diriam alguns.
O principal motivo da escolha estaria associado ao retorno da juventude (algo impossível de acontecer). É um jogo, uma ilusão que os velhos se apegam para não pensar na morte que se aproxima.
A escolha parece, inicialmente, perfeita:
as garotas muito jovens são lindas, ingênuas (se comparadas com as mulheres de 40 ou 50 anos) e ainda servem como troféus para mostrar para os outros como comprovação de virilidade. É tudo jogo de cena, claro.
Com o tempo, a escolha que parecia ideal, provavelmente, torna-se um problema.
Uma garota muito jovem que se envolve com um homem bem mais velho tem problema com a figura paterna. Existe, para dizer um mínimo, uma carência. Ela deseja, no fundo, algo que não teve na infância: um pai de verdade (na sua concepção). Esse pai deveria realizar todos os seus desejos, inclusive os sexuais.
Harry Stein afirma, no seu artigo, que esse tipo de mulher seria fácil de ser identificada: é aquela que ama bichos de pelúcia, adoro (em excesso) os animais e as plantas (com os quais utiliza “uma linguagem tatibitate”).
“Ela só consegue receber, e nunca dar e repartir. Precisa ser subornada o tempo todo com bombons, vestidos e agrados, para não fazer beicinho. E em 99% dos casos costumam ser passiva na cama.” (p. 124 e 156)
Já tive, na minha própria crise da meia idade, experiências com garotas deste perfil e posso afirmar que a teoria de Harry Stein não seria totalmente infundada. Houve oportunidades, por exemplo, que a passividade na cama era tamanha (eu teria que tomar a iniciativa em tudo) e as reclamações eram tantas que, num momento, eu parava tudo, deitava do lado da garota e avisava “OK, você vem por cima e faz o que quer, como quer, etc. etc. ou simplesmente vamos dormir.”
O que parecia um sonho de todo homem – uma mulher jovem e atraente) – transforma-se num pesadelo. Esse é o ponto. Muitos diriam que toda relação possui pontos positivos e negativos. Mas aqui seria diferente na medida em que o homem mais velho “procurou se dar bem” com uma garota muito jovem a partir de vários motivos equivocados. Neste sentido, as consequências não poderiam ser outras. Aliás, esse senhor de meia idade pode se considerar satisfeito se o resultado da relação ficar só na irritação com os charminhos da garota. Existem casos em que as consequências são bem mais graves tanto para ele como para ela.
© profelipe ™